quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Como a distância dói!

Engraçado... sou uma pessoa que se apega muito a lugares. Passeio pelos bairros e me apego a eles como se fossem pessoas.
Paisagens, monumentos... me orgulho de poder ver, tocar, sentir a energia de lugares diferentes. Aclimação, Freguesia do Ó, Jardim da Saúde, Bela Vista, Vila Buarque, Santa Cecília, Barra Funda, Tatuapé, Belém, Artur Alvim... e por aí vai. Lugares como os viadutos da treze de maio, o escadão da Artur Sabóia entre o paraíso e a Aclimação, o parque da alcimação, são lugares que simplesmente me hipnotizam e, com certeza, assim que eu tiver conhecimento de teoria suficiente para tal, vou compor letras que falem sobre isso.
Agora, se me sinto assim com relação a essas coisas, imaginem a sensação que tenho quando visito determinadas cidades do interior e do litoral nas minhas viagens do Karatê. Ginásios, paisagens... PESSOAS. Há uns tempos atrás, tive a oportunidade de viver uma aventura mágica, na qual eu me apaixonara por uma figura de Serra Negra e meu amigo por outra, foram viagens inesquecíveis, risadas intermináveis, amizades pra vida toda. Meu romancezinho terminou e meu amigo ainda está firme e forte - graças à Deus - em seus propósitos por lá. Imagino o quanto ele não deve gastar e quão grande não deve ser a saudade que o casal deve sentir.
A cidade da vez que não sai da minha mente é Avaré, amizades fantásticas, um lugar lindo e 180 paus de custo para passar um final de semana agradável por lá. E o medo de me envolver com alguém de lá?
Tenho ido lá com meu parceiro-de-treino-professor-irmão-técnico treinar pro campeonato Brasileiro de Karatê e a cada final de semana lá, me sinto mais feliz por conhecer pessoas tão fantásticas. Isso me lembra uma música do Falamansa que ouvia muito na época em que fui pra Curitiba e fiquei abobado com a receptividade do povo de lá:

"É tão bonito quando a gente sente que a gente é tanta gente onde quer que a gente vá; É tão bonito quando a gente entende, que nunca está sozinho por mais que pense estar; é tão bonito quando a gente pisa firme nessas linhas que estão nas palmas de nossas mãos; é tão bonito quando a gente vai à vida nos caminhos onde bate bem mais forte o coração..."

Traduz e sintetiza poeticamente o que sinto nessas viagens.

Sofro diariamente ao ver o passar do tempo me distanciar de pessoas que vão trilhando caminhos que não cruzam mais com os meus e me amedronta a possibilidade de me apaixonar por alguém de longe.
João Pessoa me aguarda, o que será que está reservando pra mim? Que lugares? Que amizades?...

Pensem aí, quais são os lugares e pessoas que fazem seu coração bater mais forte? Comentem, fiquem a vontade, seria ótimo perceber que não sou só eu que piro nessas idéias.

Forte abraço e tudo de bom pra mim!

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