terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Indignação

Sabe, é realmente muito irritante pra um trabalhador que é cobrado durante o ano inteiro sobre a qualidade da prestação dos seus serviços e faz o melhor para alcançar a excelência profissional, ser muito mal atendido quando é o seu dinheiro que está sendo aplicado em alguma prestação de serviço.

Hoje vim pra Ilha comprida de ônibus e estou deixando pra vocês, uma cópia da carta que enviei pra empresa de ônibus responsável relatando parte dos transtornos que tive na viagem até aqui:

Relato de um usuário indignado:

Gostaria de deixar registrada minha indignação com a prestação de serviços da Intersul T.T. S.A.

Tomei hoje o ônibus com destino a Ilha Comprida e estou transtornado por diversos motivos, acho um absurdo cobrarem 44 reais a passagem sendo que a prestação de serviço é infintamente inferior a de outras empresas, a começar pelo estado de conservação do ônibus que peguei. Os ônibus não são inspecionados a cada viagem. Ao sentar na minha poltrona, me deparei com uma fralda infantil usada, ao mudar de poltrona, uma goteira na minha cabeça me tirou de lá, caso sentisse náusea com a fralda, teria que sujar MAIS o chão do ônibus pois as sacolas plásticas não são repostas a cada viagem.
Fui então para a última poltrona do lado direito e qual não foi a minha surpresa: a porta do banheiro não fechava direito e durante a viagem ela abria novamente espalhando o cheiro agradável que vinha de lá.
Viagei de são paulo até a Ilha com o ar condicionado absurdamente frio, forçando os passageiros a humilhantemente terem de colocar os braços para dentro da camiseta, ou se cobrir com o que tivessem em sua bagagem de mão.
Tudo isso me faz pensar e espero de coração que não haja a mesma falta de cuidado com a revisão da parte mecânica dos ônibus também.
Para completar, ao chegar na Avenida São Paulo, o ônibus sai do seu caminho habitual que seria seguir até a Av Beira Mar - onde por acaso era meu destino - e virar sentido boqueirão, virando na Av Candapuí Sul. Fui perguntar ao motorista o que estava acontecendo e ele educadamente me explicou que esse procedimento será tomado até o carnaval. Até o carnaval?! Então pergunto: Por quê os passageiros não são avisados disso ao comprar a passagem, ao entrar no ônibus nem sequer por um aviso escrito se somos os maiores interessados?
R$44,60 ??? Me perdoem, mas é um absurdo!
Creio que essa indignação não é só minha pois no orkut há uma comunidade intitulada "Odeio Intersul" com mais de 200 membros. Julgo que pra uma empresa desse porte é um índice de rejeição deveras elevado.

Aguardo retorno.

Att.

André Cavalcante.

Acho que não preciso falar mais nada. Será que a gente merece passar por isso? Será que é bom pro turismo das cidades do Vale do Ribeira?

Fica aqui registrada a minha indignação, logo mais posto a resposta da empresa quando eu receber.

Abraço!

sábado, 7 de novembro de 2009

Loucuras

Engraçado...

Esses dias estive pensando em como o amor adolescente é sincero, sem barreiras...
Como os defeitos do outro se transformam em coisas a se admirar, como a gente enxergava beleza com o coração...
Depois de adulto, acho que nunca mais me apaixonei como outrora, e sinto que à minha volta e até mesmo em mim, não existe mais amor como tal... O Amor sempre leva em consideração barreiras sociais: dinheiro, etnia, estilo de vida, etc...
A grande pergunta desse post é: Até que ponto vale a pena romper barreiras culturais, sociais... mudar a vida de algúém em detrimento da felicidade???
Acabei de assistir Spanglish (Espanglês - com o Terrível: Adam Sandler) e achei o final terrível, mas tem muito a ver com a realidade. A história é sobre uma hispânica que começa a trabalhar na casa de uma família, se apaixona pelo homem da casa, ele se apaixona por ela e os dois enfrentam as barreiras culturais durante o desenrolar do filme. Assitam.
Quantas chances de ser feliz será que a gente perde por se privar de se entregar a momentos felizes?
Aquele guardanapo com o seu telefone que vc amassou antes de mandar o garçom entregar praquela pessoa; Aquela faculdade que vc deixou de fazer pq achava difícil, sem perspectiva de estabilidade ou de um puta salário; aquela entrevista que vc nem foi com medo de passar...
Sempre defendi que em todas as opções que tomássemos, a felicidade está em nós e nunca me arrependi pelas decisões que tomei, em todas elas eu seria feliz, cada uma ao seu jeito. Conheceria pessoas diferentes e seria feliz com as que eu me identificasse.
Pensando por esse lado, tudo estaria bom, se não fosse um detalhe: Sempre acreditei que cada pessoa tem pelo menos uma grande não realização na vida... Que seja não ir à disney, não seguir a profissão desejada, ser feliz com uma família acreditando que nunca encontrou o verdadeiro amor - por mais que a esposa/marido sejam ótimos companheiros... - dentre milhares de outros. Cada um vê a sua vida passando e sentindo que não conseguiu alcançar determinado objetivo... por falta de escolha, ou por opção própria... não tem como ser feliz em tudo, a vida é feita de escolhas.
Falando por mim............. vivo minha vida intesamente. De repente não sou tão prudente como deveria ser (ultimamente com uma frequência enorme), mas sinto que estou vivendo cada instante coomo posso. Trabalhando, fazendo karatê, tocando guitarra, tocando o puteiro... e vááárias outras coisas que já fiz, sinto falta, mas sinto os benefícios de ter vivenciado em cada âmbito da minha vida. Sinto uma experiência muito madura em meus 24 anos de idade.

Só pra constar: tb não sou 100% realizado em todos os âmbitos da minha vida. Eis a razão do post.

Vc tem fome de quê?

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Os efeitos do tempo

Engraçado... hoje dando aula pra quinta série me bateu um flashback, olhei um aluno e me vi ali, inocente, recém chegado à loucura das disciplinas lecionadas por diversos professores especialistas, a inocência da infância dando lugar a malícia da adolescência e novas amizades, ah o grande prazer da minha adolescência: conhecer gente!
Até então eu prepotentemente sempre me julguei superior aos outros alunos, por ter mais facilidade de aprender, mais concentração, tirar melhores notas e ainda arrumar um tempo pra me divertir. A grande questão é que nessa época aprendi aa admirar as pessoas por outros fatores e descobri que qualquer pessoa é merecedora de atenção e sempre vai te surpreender com alguma coisa muito legal sobre ela pra vc poder admirá-la tb. Em pouco tempo comecei a me sentir um bosta e vergonhapor ter sido tão prepotente durante anos.
Depois que me aventurei a permitir que os outros me ensinassem o que têm de bom, comecei a conversar com todo o tipo de pessoa: Maloqueiros, nerds, homossexuais, esportistas, e todos os outros estereótipos da galera da escola e nunca fui tão feliz.
O engraçado é que desde aquela época, inicialmente em meados da sétima série, conheci alunos da quinta série e descobri uma vocação: Relacionar-me com crianças. Hoje essas pessoas que eram daquela quinta devem estar se formando na faculdade, praticamente com a mesma idade que eu, mas já começava a ser diferente andar com pessoas mais novas.
Desde então sempre me perguntei o pq dessa minha afinidade com crianças, qual a característica delas que me faz me sentir tão feliz ao lado delas?
Meu Deus como o passar do tempo pode ser amargo pro ser humano. COnversas de sala dos professores me dão desespero, o tempo todo julgando as atitudes dos alunos, dando juízo de valor, isso é certo, isso é errado, etc... isso me dói.
Esse post sobre o passar do tempo me veio à cabeça pq essa semana precisei de amigos de antigamente, mas estes não estiveram prontos a me ajudar como imaginei que pudessem estar.
Aí eu pergunto: todos vcs já tiveram aquele amor de adolescência? Sincero, sem juízo de valor, achando lindos os defeitos da pessoa que vc ama e tendo a certeza de que a amará por toda a vida...
As pessoas crescem, mudam, decepcionam. Aqueles amigos do tempo de escola continuam sendo boas pessoas, porém, muitas vezes vc nãocabe maisnodia a dia delas e passa a não significar mais nada pra elas. Eu mesmo já me peguei fingindo que não conheci algum conhecido no metrô por falta de assunto ou afinidade...
Agora a gente praticamente escolhe a pessoa por quem a gente quer se apaixonar, escolhe sempre alguém que caberia perfeitamente no seu sonho, levando em consideração desde características físicas até conta bancária... Tão fácil se apaixonar numa mina que chegeu numa S10...
Sinto falta de amigos dos meus tempos de escola, de monteiro, de helvétia.. mas sinto falta DAQUELES amigos, não do que eles se tornaram.
É aí que a cada dia que passa eu valorizo mais aqueles amigos que me procuram, ligam, mandam mensagem no orkut... tentam marcar rolês... Tem pessoas que me encontram na rua, me chamam pelo nome e mostram enorme respeito por mim desde o tempo de escola e eu nem sequer lembro o nome deles... me sinto um lixo. Agora, pergunta se eu não lembro do pessoal que me interessava por algum motivo? Fisico principalmente. Das pessoas que ainda são bonitas eu naõ esqueço nem o sobrenome, agora as que ficaram feias.
Todos os dias tenho um grande orgulho de ser eu mesmo e sinto uma grande vergonha ao mesmo tempo... Ser uma boa pessoa pra mim, muitas vezes é renegar meus próprios instintos. A princípio esse post poderia parecer uma crítica aos outros, mas é uma crítica a todos nós. Quando vamos parar de ser bonzinhos somente ao que nos convém?

Fica aí a pergunta.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Como a distância dói!

Engraçado... sou uma pessoa que se apega muito a lugares. Passeio pelos bairros e me apego a eles como se fossem pessoas.
Paisagens, monumentos... me orgulho de poder ver, tocar, sentir a energia de lugares diferentes. Aclimação, Freguesia do Ó, Jardim da Saúde, Bela Vista, Vila Buarque, Santa Cecília, Barra Funda, Tatuapé, Belém, Artur Alvim... e por aí vai. Lugares como os viadutos da treze de maio, o escadão da Artur Sabóia entre o paraíso e a Aclimação, o parque da alcimação, são lugares que simplesmente me hipnotizam e, com certeza, assim que eu tiver conhecimento de teoria suficiente para tal, vou compor letras que falem sobre isso.
Agora, se me sinto assim com relação a essas coisas, imaginem a sensação que tenho quando visito determinadas cidades do interior e do litoral nas minhas viagens do Karatê. Ginásios, paisagens... PESSOAS. Há uns tempos atrás, tive a oportunidade de viver uma aventura mágica, na qual eu me apaixonara por uma figura de Serra Negra e meu amigo por outra, foram viagens inesquecíveis, risadas intermináveis, amizades pra vida toda. Meu romancezinho terminou e meu amigo ainda está firme e forte - graças à Deus - em seus propósitos por lá. Imagino o quanto ele não deve gastar e quão grande não deve ser a saudade que o casal deve sentir.
A cidade da vez que não sai da minha mente é Avaré, amizades fantásticas, um lugar lindo e 180 paus de custo para passar um final de semana agradável por lá. E o medo de me envolver com alguém de lá?
Tenho ido lá com meu parceiro-de-treino-professor-irmão-técnico treinar pro campeonato Brasileiro de Karatê e a cada final de semana lá, me sinto mais feliz por conhecer pessoas tão fantásticas. Isso me lembra uma música do Falamansa que ouvia muito na época em que fui pra Curitiba e fiquei abobado com a receptividade do povo de lá:

"É tão bonito quando a gente sente que a gente é tanta gente onde quer que a gente vá; É tão bonito quando a gente entende, que nunca está sozinho por mais que pense estar; é tão bonito quando a gente pisa firme nessas linhas que estão nas palmas de nossas mãos; é tão bonito quando a gente vai à vida nos caminhos onde bate bem mais forte o coração..."

Traduz e sintetiza poeticamente o que sinto nessas viagens.

Sofro diariamente ao ver o passar do tempo me distanciar de pessoas que vão trilhando caminhos que não cruzam mais com os meus e me amedronta a possibilidade de me apaixonar por alguém de longe.
João Pessoa me aguarda, o que será que está reservando pra mim? Que lugares? Que amizades?...

Pensem aí, quais são os lugares e pessoas que fazem seu coração bater mais forte? Comentem, fiquem a vontade, seria ótimo perceber que não sou só eu que piro nessas idéias.

Forte abraço e tudo de bom pra mim!

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Eis que surge novamente!

Bom, de coração, eu gostava muito de postar meus Devaneios no meu fotolog que era mais um blog do que qualquer coisa, mas vou tentar dar carinho pra esse novo rebento que acabara de nascer. Vou ver se é melhor escrever num formato de site que é criado exatamente pra atender às minhas expectativas.

Abração!